quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

X-men Anual 12



Ano de 1985. Estava na quinta série, comendo meu lanchinho no intervalo quando me mostraram uma edição de "Superaventuras Marvel" apresentando os X-MEN desenhados pelo John Byrne. Pra quem estava acostumado a ler o Peninha, o Asterix e outros, ver essa arte maravilhosa foi um choque. Assim nascia um marvete deslumbrado.

Essa era a era antes da internet, muito antes da internet, então a informação, cada vez mais valiosa, era passada de aluno para aluno. Fitas K7 do Europe ou do Queen eram copiadas e tape decks duplos e jogos de Apple II eram copiados em disquetes e repassados entre grupos de amigos. Quanto mais amigos você tinha, mais desse tipo de informação você conseguia. Tudo que era magnético você podia conseguir uma cópia.

Já os gibis, eram comprados e emprestados de quantidade, embora os formatinhos da Abril fossem acessíveis com o troco dinheiro do lanche. Em 1985 no Brasil liamos edições americanas de 1976. Quase 10 anos de defasagem. Não! eu precisava saber mais.

Os anos passaram, e em 1988 descobri uma livraria que vendia gibis da Marvel importados. Era a livraria Muito Prazer que ficava na Avenida São João, no centro de São Paulo. Me senti um agente secreto de ter encontrado o lugar e conseguir revistas publicadas quase que simultaneamente com os Estados Unidos.

Foi então que gastei meu rico dinheirinho do lanche na edição "X-men Anual 12" desenhada pelo mestre Arthur Adams. Fiquei besta com a arte na época, ainda fico besta ao ver hoje, um desenho super intrincado, nanquins traçados de forma celestial. Ainda é o tesouro da minha coleção. E curiosamente, ela foi relançada recentemente pela Panini como parte de encadernados da coleção "INFERNO", no caso, o encadernado número 2. 

Quem quiser ter um panorama geral dessa época, esses encadernados do cross-over inferno são um prato cheio. Várias histórias interligadas dos X-men, X-factor e Novos Mutantes. Eu sei que estou me esbaldando. :) 




6 comentários:

  1. Lembro do mind blowing que foi quando comecei aprestar atenção no canto da primeira página e saquei que os gibis que comprava tinham mais de 5 anos de defasagem. Comecei a comprar -ativamente- nos anos 90. Foi uma época sinceramente feliz. Morava no litoral, mas não gostava de praia. Ía à orla só pra ficar clandestinamente lendo gibis, o que era perigoso em casa (mais pros gibis do que pra mim , que apenas levaria uns cacetes enquanto o gibi corria risco de despedaçamento).

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    1. ouch! difícil quando não se pode ler gibis em casa. Eu antes era desapegado das minhas revistas, da maioria, eu lia em uma biblioteca, lia na banca, tudo bem. Depois que encasquetei, agora preciso também me desapegar!

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