quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

"Sala Imaculada" ("Clean Room" da Vertigo)

"Sala Imaculada" ("Clean Room" da Vertigo), recém lançado no Brasil está rapidamente se tornando meu novo gibi favorito. Esse "Man in Black" sobrenatural tá muito bem trabalhado. A autora Gail Simone, conhecida pelos fas de "Aves de Rapina" está a vontade aqui nessa HQ de horror censura 18 anos.

Ao ter o irmao morto por uma entidade que possui corpos, a misteriosa escritora Astrid Mueller começar a recrutar sensitivos e demais pessoas que tenham "visões especiais" para criar armas sobrenaturais contra essas ameaças invisíveis. A forma como ela recutra os 'doidos" sensitvos me lembra o professor Xavier recrutando mutantes.

O horror gráfico e explícito vem na forma dos ataques dos monstrengos interdimensionais e lembra muito as HQs do Grant Morrison no começo da carreira. Os desenhos nítidos e arte clara lembram também a arte que o Steve Dillon fazia pro Justiceiro do Garth Ennis.  Em suma, recomendo

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

"Torneio de Campeões" Coleção Histórica Marvel

Acabei de comprar na banca "Torneio de Campeões", edição que coleciona a minissérie de 1982 (!!!)! Muito nostálgico, eu tinha essa Hq e adorava que cada país (Argentina, Israel, Irlanda, China) tinha o seu herói Marvel, mesmo que estereotipado. 

Gostei que o herói argentino Defensor conseguiu peitar o Stark mesmo que brevemente. Hahaha o herói árabe era um cara com tapete voador, e a heroína da Irlanda era temática de trevo que 4 folhas e assim por diante. Outro detalhe interessante e ver duelos entre heróis como Wolverine e Pantera Negra agora que sabemos como eles são "na vida real"(filmes). 

É interessante ver também o Grão Mestre, organizador do Torneio dos Campeões, que também aparece no filme "Thor Ragnarock", organizando uma luta de gladiadores também chamada no filme de "Torneio dos Campeões" (Embora trouxesse elementos da HQ "Planeta Hulk"). Jeff Goldblum se diverte no papel, embora o original dos quadrinhos seja mais sério, e mais azul. Enfim, esse encadernado é diversão leve e pura, mostrando um lado mais divertido dos heróis Marvel.

sábado, 2 de dezembro de 2017

Juiz Dredd























Minha peregrinação de hoje foi até a Rika Comic Shop perto da Avenida Paulista. Não é bem um sebo, mas uma livraria repleta de tesouros dos quadrinhos. Quadrinhos dos anos 60, 70, 80 em estado de banca, perfeitos. Tive que tocar a campainha, as portas ficam fechadas ultimamente pois eles estão vendendo mais pelo site deles. Mas pude dar uma olhada e comprar uma HQ de capa dura do Juiz Dredd. "Judge Dredd Annual 1990"

Confesso que só tinha lido "Julgamento em Gotham", o cross-over do Batman com o Juiz Dredd escrito pelo ingles Alan Grant e desenhado pelo Simon Bisley, ambos veteranos do Juiz Dredd. A história foi fantástica, mas na época eu não cheguei a pesquisa direito o personagem. Com excessão do filme de 1995 estrelado por Sylvester Stallone e pelo jogo de tiro de Playstation 1 "Judge Dredd".





Por fim, acabei lendo algumas HQs na internet e fiquei fã do Juiz Dredd "Eu sou a Lei!".

São quadrinhos ingleses de ficção científica, humor negro e comentário social que começaram em 1976. Soube que tem muito de sátira ao governo da Margareth Tatcher na Inglaterra da época. Mas como não sou especialista nesse assunto, várias piadas vão passar desapercebidas.

Mas já encontrei um ponto de entrada, pois sou fã dos X-men e principalmente do trabalho do desenhista Alan Davis, e estou vendo que ele desenhou muitas edições do personagem.






O que mais gostei nessa edição que comprei, que tem quadrinhos de página inteira em preto e branco e coloridos, são essas sequências de tirinhas diárias de jornal. Muito inspirador!  Faz tempo que tinha que dar chance ao personagem e vejo que está sendo bem recompensador.

Agora vou correr atrás.  :) 












sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Resident Evil HD remaster






















Finalmente depois de várias tentativas consegui terminar o RESIDENT EVIL 1, aliás, a versão remasterizada para o PS3 (de 2015), que é o remaster da remake pro Gamecube (2002) que é o remake do jogo original do playstation 1 (1996).

Joguei sem pressa, tive várias pausas de vários meses para recarregar o minha paciência para os quebra cabeças na mansão infestada de zumbis da corporação Umbrella.

O jogo tem  muito conteúdo, muitos livros a serem encontrados nas sinistras bibliotecas  mostrando o passado assombroso e as experiências macabras que aconteceram na mansão. Só os diários, livros, e manuais técnicos contando a vida dos pobres cientistas na mansão são mais assustadores que os próprios zumbis.

É um jogo gótico, que exigiu paciência e persistência. Em retrospecto, parece que é fácil repetir tudo de novo. Mas vou dizer, deu trabalho, e eu amei o jogo :)  Pra quem ainda não jogou, na consola ou no PC, eu recomendo!

domingo, 8 de outubro de 2017

Visual atualizado dos Vingadores em Guerra Infinita


Nesta conferência de licenciamento na Rússia, podemos ver o visual atualizado de vários dos personagens que irão aparecer em Vingadores 3: A Guerra do Infinito.


O Capitão América continua com seu uniforme. 
Ou seja, os fâs do Nômade vão ficar desapontados


Podemos ver o Thanos com seu visual inicial de fazendeiro.
Também podemos ver uma guerreira de Wakanda e a
Viúva Negra com novo corte de cabelo. Provavelmente
a Anciã vai aparecer para o Dr.Estranho no plano astral.
E também podemos ver a Vespa!




fonte:  https://www.instagram.com/vikermine/


quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Star Trek Discovery

Assisti aos dois primeiros episódios da nova série de "Jornada nas Estrelas" (Star Trek Discovery) disponível no Netflix e gostei bastante. É a primeira série de "Jornada nas Estrelas" na televisão desde o encerramento de Star Trek Enterprise" que teminou em 2005.

A produção é de primeira, os atores estão ótimos, os efeitos estão lindos e pra quem é fã de longa data, o linguajar e os detalhes estão lá.

Claro, o que estranha aos fãs chatos antigos são o design supermoderno das naves, de uma série que teoricamente se passa antes do seriado dos anos 60 (que trata do século 23). Como você vai ter um porsche antes de um calhambeque? O design "amassado" das naves da Federação podia muito bem se passar no século 24 (a epoca dos seriados dos anos 90) e o visual exagerado dos vilões klingons, que parece que foram comprar seu guarda roupa no armário do H.R.Giger.

Mas o que dá uma sensação de autenticidade na série foi ver o nome do antigo diretor Nicholas Meyer nos créditos como consultor. A vissão dele de "Jornada nas Estrelas" é mais severa e áustera do que o positivista criador da série, o Gene Roddenberry, tendo ele dirigido os dois melhores filmes baseados na série clássica "Jornada nas Estrelas" 2 e 6. Justamente os filmes mais militaristas, marciais e menos "coloridos".

Resumindo, vendo como um fan-movie do respeitável Nicholas Meyer dá pra aceitar melhor a nova série. Ele merece o seu mini-universo, aliás, foi isso o que ele fez na série de filmes dos anos 80. Transformou o barco do amor em um submarino de guerra.

Ainda não memorizei os nomes das naves nem dos personagens, mas todo trekker que se preza vê o mesmo episódio 500 vezes, logo eu decoro.  :) 

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Filme do Sandman - Reação do público


















A obra prima de Neil Gaiman finalmente se tornou um evento cinematográfico, o mestre do SONO pode mostrar todo o seu poder onírico para o deleite das platéias.  :)

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Comentário sobre a HQ "Meu Amigo Dahmer"

Pra quem diz que não gosta de histórias de terror, no final das contas, acabo eventualmente bancando o corajoso e leio uma de vez em quando.

A última que eu li foi essa tétrica história real da origem do assassino em série Jeffrey Dahmer dos anos 70, contada do ponto de vista do amigo dele,  o fofoqueiro desenhista Derf Backderf.

A história desenhada em preto e branco, em um estilo casual e caricato,  mostra a vida dos estudantes do interior dos Estados Unidos nos anos 70 e conta como o bullying e indiferença podem agravar uma situação e  que podia ser evitada.

Não dá pra recomendar essa história, mas a tensão de ver as origens do que vai acontecer depois, é totalmente palpável. Nesse caso, a situação escalou bem rápido.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Livro Japop - O poder da cultura pop japonesa

Domingo de manhã, minha esposa e eu fomos a uma palestra do Francisco Sato e da Cristiane Sato, da Abrademi, sobre Cultura Japonesa na Vila Mariana. O lugar da palestra era muito agradável assim como a aula, que contava a história do Japão desde épocas antigas até os dias atuais. O curioso é ver como o Japão reagia a catástrofes naturais e problemas econômicos com muita criatividade. O governo sempre tomava decisões ríspidas mas o povo com muita criatividade contornava a situação, dando origens a coisas que vemos todos os dias e que consideramos óbvias e do cotidiano.

E aproveitei para comprar o livro que ela escreveu explicando a origem e influência da cultura popular japonesa no mundo, desde filmes, desenhos animados e música. Muita coisa eu já sabia em parte, de tantos animes que assisti, mas é sempre bom ver com uma visão clara como vários ítens são interligados e ver como aquele monumento, aquele desenho, aquela coisa que 'sempre existiu' teve uma origem promovida por pessoas muito reais. Confiram.

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Ghost in the Shell - Comentário sobre o mangá encadernado






















Finalmente comprei e li esse calhamaço do "Ghost in the Shell" e amei totalmente. 

A obra prima do roteirista e desenhista japonês Masamune Shirow, lançada originalmente em 1989 e que originou várias animações, um jogo de Playstation 2  e recentemente um filme live action, foi relançada recentemente em formato encadernado no Brasil com 352 páginas, custou R$ 70,00 e vale cada centavo.
























A arte é extremamente detalhada (além dos limites da obsessão), e  futurista,  e o roteiro  tem várias críticas sociais afiadas, mas também tem uma empolgação e um senso de humor que não lembro estarem presentes no longa metragem de 1995.  Pois na HQ, a personagem Motoko, a mulher policial ciborgue não é uma deprimida silenciosa, mas é alternadamente amigável e irritada, que pega as sua folgas para se divertir, além de soltar críticas ácidas quando tem vontade. Parece um seriado enlatado policial na qual os vários recrutas vão passando pelo dia a dia na sua rotina. Só que com hackers, no futuro.

Além de um final cósmico espetacular que eu não esperava.  Você paga o ingresso para ver robôs se batendo e no final recebe o sentido da vida como brinde, hehehe.























Confesso que na época, eu não dei bola nem pra HQ e nem pro desenho animado de 1995. Eu era fã do anime AKIRA, acompanhei zelosamente a revista e assisti o longa metragem com empolgação. Quando veio a vez de "Ghost in the shell", eu não estava investido, não estava a bordo do trem do entusiasmo e devo ter dormido no meio de tanta solenidade. Hoje, finalmente apresentado à série como deveria ter sido, pude rever o filme e entender o que estava se passando.

Em suma, é um presentão e uma leitura obrigatória.

quarta-feira, 12 de julho de 2017

O retorno de ROM - O Cavaleiro do Espaço
























Graças a parceria da editora IDW e a empresa de brinquedos Hasbro, temos finalmente, após mais de 30 anos a primeira figura de ação de "Rom: O cavaleiro do Espaço".

O personagem é desconhecido pela maioria dos fãs recentes, mas um punhado de fãs resistentes ainda lembra do personagem nos anos 80, quando foi escrito pelo mestre Bill Mantlo e desenhada pelo veterano do Hulk, o desenhista Sal Buscema.

O personagem era, assim como os "Transformers" , inicialmente só uma propaganda, um merchandising, um tie-in, do boneco Rom lançado nas lojas. Mas assim como  a Marvel fez com os Transformers, o personagem Rom recebeu um tratamento cinco estrelas no seu gibi. Sendo levado a sério, o personagem extrapolou o seu potencial.


Rom era um "Cavaleiro do Espaço" era um jovem humano que se ofereceu para virar um super ciborgue espacial para defender seu planeta Gálador, dos invadores "Os Espectros", criaturas horrendas que mudavam de forma e se disfarçavam de humanos na Terra. Com a seu scanner o "Analisador", que desmascarava os Espectros e o "Neutralizador", uma arma que bania os monstros numa dimensão paralela chamada "Limbo" ele lutava pela sobrevivência do seu povo.

 Pelo menos alguns fóruns de quadrinhos do Brasil lembravam do Rom, pois usavam o termo "enviar para o limbo" para designar o ato de banir permanentemente membros de fóruns de discussão."Ele foi limbado, e do limbo não há retorno".





O contrato com a fabricante de brinquedos original se encerrou, ou algo assim e a Marvel cancelou o gibi, mas não sem encerrar sua história com chave de ouro. Rom, junto com o resto dos heróis Marvel, derrotou os Espectros e salvou seu mundo. Final feliz.

Os anos se passaram e meia dúzia de fãs sobreviventes ainda pedia pelo retorno de Rom, mas a Marvel se limitou a apresentar apenas alguns elementos escondidos nas páginas do Quarteto Fantástico. Como a sua arma e seu scanner, apareceram nas mesas do Reed Richards algumas vezes, e uma versão "rebootada" dos amigos do Rom, os outros Cavaleiros do Espaço apareceram irreconhecíveis.








Por fim, a editora IDW recentemente adquirou os direitos do personagem que estavam no limbo (ahem) e ressuscitou o personagem, de forma estilizada, para não ficar idêntico a versão da Marvel, e está reapresentando ele nas revistas da editora. 

Mas mesmo assim, os cinco fãs remanescentes inicialmente ainda olharam torto. Mas com certeza eles ficaram felizes ao ver a nova figura do Rom, junto com os G.I.Joes e os Transformers. 

Os Deuses de Gálador aprovam!

quinta-feira, 30 de março de 2017

Calendário de filmes da Disney 2017-2018

Vejam o calendário de filmes futuros da Disney para 2017 e 2018:

Carros 3, Thor, Coco, Homem Formiga e a Vespa Star Wars: Filme do Han Solo sem título, Filme sem título, Mulan, Mary Poppins, Capitã Marvel, etc.   :)

Aguardo ansioso por "Filme sem título" agendado pro verão de 2018, deve ser fantástico :)
 
 


As HQs de Star Wars da Marvel.

                                                    
Bom dia seus nerds de quadrinhos.
A Panini nos agraciou recentemente com o encadernado da série "Skywalker Ataca" que encaderna os seis primeiros números da nova HQ de "Star Wars" da Marvel de 2015.  A HQ tem 152 páginas e é recheada com a bela arte do desenhista John Cassaday e o roteiro afiado de Aaron Allston. 
 
O que tem de especial nessa HQ? Bom, é a Marvel mostrando serviço. Depois que o George Lucas vendeu a marca "Star Wars" pra Disney, a Marvel ficou responsável para fazer os quadrinhos, e pra isso pegou seu melhor pessoal.  O John Cassaday produziu excelentes HQs dos "X-men" e do "Capitão América", e antes disso, fez "Planetary", enquanto que o roteirista Aaron Allston escreveu livros de Star Wars então ele sabe do que está falando. Na  história, Luke e seus amigos, dias após o final do primeiro filme, e empolgados por destruírem a Estrela da Morte, começam a enfrentar o contra-ataque do Império.
 
Simultaneamente, a Panini também está lançando o encadernado da série irmã "Darth Vader". O curioso dessa  HQs do Vader é  que ela se passa simultaneamente com a de "Star Wars". Esse truque já foi usado algumas vezes nas HQs dos Vingadores e do Quarteto Fantástico nos anos 80. Um mesmo evento é contado de pontos de vista diferentes o que torna a história fascinante.  Do ponto de vista dos Rebeldes eles são os heróis, e do ponto de vista do Darth Vader ele é... bom, ele continua sendo um sacana egoísta e vingativo, mas visto que o Imperador é mais ruim do que ele, ele fica quase heroico.
 
Na sua HQ, Darth Vader  recruta o auxílio de uma arqueóloga tecnológica chamada Dra.Aphra, para que ele possa ter seus próprios recursos contra os Rebeldes e contra o Imperador, e  a moça, uma fã ardorosa do vilão, e um tanto quanto masoquista, se empenha para ajudá-lo.
 
 
 
O que eu gostei MUITO da história do Darth Vader é o fato de que ele aceita, incorpora, homenageia e expande os eventos vistos na trilogia de prelúdio de Star Wars. Virou moda entre "fãs" chatos de malhar as "prequels", de malhar o George Lucas por ter "arruinado" Star Wars. Tanto foi o bullying online que o Lucas ficou deprimido, desistiu da vida, vendeu tudo pra Disney e ficou por isso mesmo.
 
Bom, essa HQ valida as prequels e por incluir um fato não mostrado nos filmes, o momento em que Darth Vader descobre que foi manipulado pelo Imperador. O momento em que "cai a ficha" é um momento único nos quadrinhos. 
 
Todo mundo teve nerdgasmos quando o Vader aparece no filme "Rogue One", cortando rebeldes a torto e a direito. Bom, ele já estava fazendo isso nessas HQs de 2015.   :)
 
 
 
Mas a cereja do bolo é a arte fenomenal que o brasileiro Mike Deodato fez para a "Queda de Darth Vader"(Vader Down). Olha isso, que coisa linda! Faz lembrar os momentos finais de Blade Runner "vi coisas que vocês humanos não acreditariam...  naves de ataque em fogo em órion..... ".  :)
 
 
 

segunda-feira, 20 de março de 2017

LOST e suas influências

 
 
LOST foi um seriado exibido de 2004 até 2010, sendo criado pelo diretor JJ Abrams e contando a maravilhosa trilha sonora de Michael Giacchino.
 
A série contava a história de um grupo de sobreviventes cujo avião cai em uma ilha misteriosa cheia de mistérios e surpresas. Ação, aventura, elenco gigantesco, referências culturais e divagações filosóficas tornaram essa série um prato cheio e que deixou várias repercussões e influenciou vários filmes. Muito já foi discutido na época, e o consenso final é que o seriado começou incrivelmente bem, mas se perdeu (!) no final, sendo uma missão impossível (!) amarrar todas as pontas soltas.
 
Mas o que ficou fixo na lembrança são cena tristes na praia e a bela música do Michael Giacchino. Bom, vamos ver como LOST influenciou filmes recentes.
 

Dramas coreanos são a febre agora no mundo, sendo cada vez mais assistidos nos EUA graças ao Netflix e Hulu, mas foi em LOST que o ocidente foi apresentado ao casal Jin e Sun Kwon. No final das contas LOST foi um grande drama coreano filmado no Hawaii.

FlashForward (seriado de 2009) - No seriado LOST nós tinhamos visões do futuro e do passado, e isso fez um sucesso, então um gênio resolveu fazer uma série só baseada nesse conceito. Mas infelizmente não dá pra fazer um jantar baseado só no tempero, então essa série só durou uma temporada. Nem quero comentar sobre "The Event", outro seriado de mistério que começou confiante mas que acabou revelando demais logo no começo. O próprio J.J.Abrams testou lançar "Alcatraz", um seriado de viagem no tempo passado na famosa prisão. Era para durar tanto quanto LOST e durou uns 5 minutos.
 
Star Trek (filme de 2009) - O  bem sucedido reboot da série "Jornada nas Estrelas" foi dirigido por J.J.Abrams, criador de Lost e logo no começo do filme temos um momento "Lost", temos o pai do herói morrendo para salvar o filho que está nascendo. Hora de desligar todos os efeitos sonoros e só deixa a trilha chorosa do Michael Giacchino fazer o seu devastador trabalho. Até quem não era fã da série abriu a torneiras nessa cena.
Tomb Raider (jogo de 2013) - Depois de LOST surgiram vários videogames em que o protagonista está perdido em uma ilha cheia de zumbis ou outros seres desagradáveis, mas foi o REBOOT de Tomb Raider que mais abraçou conceitos da série. Neste jogo não temos a trilha so Michael Giacchino, mas temos outros elementos de LOST, como uma moça com roupas casuais rasgadas, como a Kate, um avião pendurado de ponta cabeça preso na montanha além de capangas violentos escondidos do outro lado da ilha.  
Star Wars: Rogue One (filme de 2016): Cenas tristes de pessoas na praia são a a especialidade de Michael Giacchino. E é claro, na cena em que a heroína Jyn Erso e Cassian Andor estão se abraçando  e esperando pra morrer juntos na praia o Michael Giacchino se sentiu em casa, e soltem os violinos tristes!  Nós esperaríamos um momento assim em "O Despertar da Força", dirigido pelo J.J.Abrams, mas foi em "Rogue One" em que Star Wars teve seu momento LOST. 
 

segunda-feira, 6 de março de 2017

LOGAN - curiosidades sobre o filme

 Assisti  "Logan" no cinema e posso dizer que terceiro e último filme do Hugh Jackman como Wolverine é um murro emocional no estômago, e com garras.
O filme, uma obra prima do diretor James Mangold, teve um show de interpretação do Patrick Stewart e do Hugh Jackman, assim como da estreante Dafne Keen, como a jovem mutante X-23. Todo mundo esteve bem, os vilões particularmente detestáveis, assim como a onipresente e tensa trilha sonora, que descrevo aqui como um faroeste distópico ciborgue.


Pena que o preço para essa obra prima seja deixar o universo cinematográfico dos X-men em frangalhos, anulando o final feliz do filme anterior, "X-men: Dias de um futuro esquecido". A história em quadrinhos na qual foi baseada era já um "Futuro alternativo", um "O que aconteceria se", tão comum nos quadrinhos "Não está valendo de verdade, é só uma possibilidade", mas nada disso se aplica neste caso, o que o filme faz questão de frisar. Mas talvez apelar para essa história seja a única chance da FOX para encarar os filmes da Marvel da Marvel.



O primeiro filme dos "X-men" data de 2000, e foi o renascimento bem sucedido dos filmes de super-herói (que teve um ensaio em "Blade" um pouco antes). A Marvel vendeu os mutantes para a FOX, que fez bom uso deles. Chamou escritores consagrados como o Chris Claremont para darem suas bênçãos e a adaptação foi bem sucedida, abrindo caminho para a avalanche de filmes que veio depois, como o Homem Aranha da Sony. O diretor Bryan Singer, diretor do filme cult "Os suspeitos", mostrou que sabia lidar com um grande grupo de atores, e conseguiu apresentar os personagens de forma organizada em um filme sólido de ficção científica e ação.

Quando vi o filme dos X-men eu pensei "Parece um episódio de Jornada nas Estrelas com algumas ceninhas de luta do filme Mortal Kombat". A comparação veio principalmente pelo ator que faz o Charles Xavier, o Patrick Stewart, também fazer o papel do Capitão Jean Luc Picard no seriado de TV Jornada nas Estrelas: A nova Geração. A diferença de interpretação é bem sutil, enquanto que o Capitão Picard é severo, ele é o compasso moral de toda a Federação. O professor Xavier já um pouco mais paternal, mas ainda assim sabe dar as suas broncas, como na cena em X-men 2 na qual ele dá uma bronca no Pyro: "na próxima vez que quiser se exibir....NÃO o faça".

Tivemos então seis filmes dos X-men, três filmes do Wolverine, e um do Deadpool. Todos interessantes, mesmo com os altos e baixos. O sucesso inesperado de DEADPOOL, que tem censura de 18 anos (Rated R) fez com que a FOX desse carta branca para o terceiro filme do Wolverine ser com censura 18 anos. E o filme faz bom uso desse recurso, com cenas sanguinolentas de tirar o fôlego.






Mas vamos ser completistas, pois somos NERDS! Essa não foi a primeira vez que vimos o Hugh Jackman cortando vilões com poças de sangue pra todo lado, censura 18 anos. A primeira vez que vimos isso foi no jogo de Playstation 3 "X-men Origins: WOLVERINE" a versão Uncaged Edition . No jogo, vilões viram suco de tomate  toda vez que o Wolverine usa seu ataque de tornado estilo demônio da Tazmania. Então, quem estiver com saudade do Logan, e não jogou esse jogo, você está perdendo toda a interpretação que o Hugh Jackman fez para essa obra prima dos games. Pare de chorar e vá jogar.



Voltando ao filme LOGAN,  Quando a Laura, a X-23, usa suas garrinhas para picotar os "Carniceiros' (os capangas ciborgues do vilão Donald Pierce), temos várias risadas na plateia e vários "Awws" e vários "Wows". Mas que lástima, nenhum dos carniceiros tinha  uma esteira de tanque no lugar de pernas. Ah, quanta injustiça!





Bom, infelizmente, para os vilões merecerem ser cortados por garras de adamantium, eles tem que ser particularmente hediondos, o que nos resulta em cenas cruéis demais para assistir. As maldades do laboratório dos vilões eu achei que estavam no meu limite. Nós vimos o Logan adulto sofrer experimentos no filme "X-men origens: Wolverine", mas agora as cobaias são crianças mutantes criadas em laboratório na fronteira do México. A única humanidade delas veio das gentis enfermeiras mexicanas. Como as crianças  são propriedades do laboratório, não tem direitos e podem ser caçadas à vontade pelos vilões.


Talvez aí esteja um paralelo com a realidade, a qual os quadrinhos e filmes dos X-men são conhecidos por fazer, a vítima da vez são mexicanos vitimizados por novas políticas ásperas anti-imigração do Trump?

A Laura não fala nada até metade do filme, e quando fala é em espanhol e a Terra prometida dos mutantes mexicanos não é os Estados Unidos, mas sim o Canadá!



  
Bom, voltando aos quadrinhos, muito se celebrou sobre o Stan Lee, criando o universo Marvel nos anos 60, e muito se celebrou do Frank Miller com o seu renascimento do Batman em 1987, mas acho que pouco está se celebrando sobre o Mark Millar, um autor moderno que deu o pontapé para a modernização dos Vingadores, já que suas "atualizações" nos personagens da Marvel (The Ultimates) os deixaram prontos para adaptação para os filmes.  O filme "Vingadores" é muito baseado no trabalho do Mark Millar  "Os Supremos"(The Ultimates), o filme "Capitão América: Guerra Civil" é baseada em "Guerra Civil", e "LOGAN" é inspirada na sua minissérie "Velho Logan". Cadê as participações especiais dele?

Agora, voltando ao Professor Xavier, responsável por grande parte dos rios de lágrimas do filme. O Xavier envelhecido, falando palavrões e tendo problemas em conter seu grande poder, não rouba a cena, e sim a enriquece, trazendo muito da bondade e humanidade necessária a um filme violento como esse. A atuação dele é quase uma maldade por nos fazer chorar.







Ahá, mas eu conheço os truques dele, pois ele já fez papel de velho gagá no último episódio de "Jornada nas Estrelas: A Nova Geração" de 1994 chamado de "Todas as coisas boas terminam".  No episódio o Capitão Picard está velho (maquiado de mais velho, com uma barba postiça) e está tentando convencer seus antigos tripulantes de uma ameaça a qual somente ele está ciente.  Ele está sofrendo de uma doença degenerativa mental e também balbucia asneiras enquanto luta pela sua sanidade.



Logo em seguida, em 1994, no filme "Jornada nas Estrelas: Gerações", o Capitão Picard precisa enterrar o seu antecessor, o Capitão Kirk.  O Capitão Kirk foi  interpretado durante 30 anos pelo ator William Shatner e esse filme foi sua despedida final ao personagem e ele morre salvando a próxima geração de heróis.

Como sempre, Jornada nas Estrelas e X-men sempre andaram de mãos dadas. :)