Assisti "Star Wars: Rogue One" no cinema. Que filme excelente! Que presente para os fãs de "Guerra nas Estrelas". Eu diria que é o melhor filme de Star Wars já feito. Ele se conecta com perfeição com o Episódio III e IV, além de Clone Wars. É perfeição demais. É "o Resgate do Soldado Ryan" e "Canhões de navarone" no espaço. :)
Gostei muito dos novos personagens, todos eles trouxeram algo de novo ao tabuleiro, desde a Jin Erso, filha de um dos cientistas da Estrela da Morte, até o Diretor Krennic. Ate me vi torcendo pelo Diretor Krennic, cujos esforços e crédito iam ser roubados pelo Governador Tarkin! Tomando crédito pelas idéias dos outros, isso é pura maldade! Mas quem roubou a cena foi o personagem do ator de artes marciais chinês Donnie Yen, o Chirrut Imwe, com seu personagem sensitivo à Força. Nos fóruns de Star Wars que visitei, quem ganha em popularidade é o Robô K-2SO, o robô mal humorado que lembra o Marvin, do Guia do Mochileiro das Galáxias.
Bom, quando o diretor disse que o filme é baseado em "Os Canhões de Navarone" no espaço, isso já foi como um spoiler que o filme seria sofrido e molhado. Tal qual o pobre esquadrão suicida no filme de 1961 que tem que destruir uma fortaleza alemã na segunda guerra mundial, cujos canhões gigantescos estavam destruindo barcos dos aliados. Aliás "Rogue One" tem todo esse clima de "Segunda Guerra Mundial" bem arraigado.
Quando o diretor do filme Gareh Edwards disse que gostava dessa cena em "O Império Contra-Ataca" quando os Rebeldes tentam defender a base no planeta Hoth do ataque dos andadores AT-AT do Império, isso também deu uma boa idéia do que esperaríamos. A história contada do ponto de vista dos soldados rasos, ao contrário das tramas palacianas ao estilo Duna, que permeou a trilogia de prelúdio de Star Wars, as famigeradas "Prequels" e que não caiu bem aos olhos dos haters de plantão que querem ver o circo pegar fogo, mas não querem saber "Por quê" o circo pegou fogo.
Mas sejamos sinceros, toda essa seriedade é basófia, pois todo mundo que já estava vivo na época e que brincava com bonecos de "Star Wars" da Kenner no jardim queria ver mesmo rebeldes lutando e se explodindo (e é isso que tivemos no filme). Eu já perdi vários soldados e suas arminhas enterradas na areia e no congelador da geladeira. Essa parte com gelo fazia um excelente interior da base rebelde. :)
Como assim? Sua mãe nunca lhe deixou usar a geladeira para brincar de "Império Contra-Ataca" com seus bonequinhos? Ahn...próximo assunto...
"Shadows of the Empire" foi um lançamento "Star Wars" de meados dos anos 90. Foram lançados um livro "Sombras do Império", um jogo de videogame pro Nintendo 64, um CD de música orquestrada e quadrinhos. Era um projeto multimídia, tipo um "filme sem um filme". A história se passava entre "O Império Contra-Ataca" e "O Retorno de Jedi", e contava a história de Luke e Leia contra um líder de uma organizaçao criminosa chamada "Black Sun" que agia em Coruscant. A música era épica, foi composta por Joel McNeely, que tinha composto vários episódios do "Jovem Indiana Jones" pro George Lucas. Hmm..eu pensei...eis um sucessor pro John Williams..
Eis então que do nada surge o compositor John Ottman. que fez um bom trabalho com a trilha de X-MEN 2, e que foi escalado pelo diretor Bryan Synger para compor a trilha sonora do promissor "Superman: O Retorno". O trabalho dele seria como do Joel McNelly, pegar a trilha composta pelo John Williams e expandir, usando respeitosamente os temas já estabelecidos dos personagens e ao mesmo tempo, criar novos temas a situações. Embora o filme não tenha sido uma unanimidade, pelo menos a trilha sonora ficou excelente. Então, ele seria uma escolha justa para suceder ao trabalho do insubstituível John Williams
Mas no final, quem foi o escolhido para essa tarefa foi o compositor de LOST, Michael Giacchino. Tivemos sorte, pois o trabalho dele ficou ótimo. Dizem as más línguas que o filme "Star Trek", o reboot de 2009 de Jornada nas Estrelas foi um teste que o J.J.Abrams fez para poder dirigir "O Despertar da Força". O Michael Giacchino se esbaldou com a trilha sonora, fazendo uma versão super empolgante do tema do seriado dos anos 60. Então, era de se esperar que ele pulasse do lado da Federação dos Planetas para o Império Galático. Ele liberou seus violinos LOST com toda força na cena final na praia. Chorei rios nessa cena. O nome dessa faixa é "Your father would be very proud".
Vamos falar um pouco do Universo Expandido de Star Wars. Em 2006 tivemos um jogo de PSP e Nintendo DS chamado "Lethal Alliance". Neste jogo, uma mercenária da raça Twi´Lek chamada Riana Saren foi contratada pelo rebelde Kyle Katarn para sabotar os Imperiais e a organização Black Sun. Nisso ela acaba indo parar em um planeta aonde estava sendo construídas partes da Estrela da Morte. No final, ela mesma acaba parando dentro da Estrela da Morte e passa as informações para os Rebeldes. Isso não invalida "Rogue One", mas com certeza ela é uma heroína que precisa ser lembrada pelos fãs, já que se passa exatamente na mesma época. :)
No livro "Death Star" de 2007, temos o cotidiano da Estrela da Morte. É uma leitura fascinante. Eu diria que não contradiz "Rogue One" mas meio que complementa. Mostra uma arquiteta que descobriu a falha que os Rebeldes utilizavam, mas que sua baixa patente não a permitiu corrigí-la a tempo.
Outro personagem fascinante é o tenente Graneet, o operador do Canhão da Estrela da Morte. Ele se sentiu tão culpado pela destruição de Alderaan que propositalmente atrasou o acionamente do canhão pela segunda vez, dando tempo a Luke Skywalker de destruir a malévola estação.
A nave "Ghost" do desenho animado "REBELS" aparece no meio da frota Rebelde. O desenho se passa vários anos antes de "Rogue One", mas pelo menos sabemos que a piloto Hera Syndulla sobrevive ao seriado e se torna uma general.
Quem sabe no último episódio de Rebels teremos a história de Rogue One contada do ponto de vista da nave "Ghost" :)
Resumindo, "ROGUE ONE" é fantástico. E essa cena final com o Darth Vader merece um Oscar de cena mais debulhante de todos os tempos. :)
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