sexta-feira, 6 de maio de 2016

Celebrando Joseph Michael Straczynski

Um dos meus seriados favoritos nos anos 90 foi "Babylon 5". um seriado sobre o cotidiano de uma estação espacial militar escrito pelo genial/controverso autor de ficção científica Joseph Michael Straczynski.

Ele revolucionou a TV fazendo tramas seriadas bem planejadas e amarradas, com Flashbacks e Flashforwards que seriam usados à exaustão nas séries de 2000 em diante.




O seriado "Babylon 5" durou de 1994 até 1998 e a sua trama é uma das mais complexas que apareceram na TV.

Quando foi lançado, parece um seriado "derivado" de Jornada nas Estrelas, uma série irmã, mas só no começo, pois a história começou e não largou o osso até o final.

A série tinha milhões de referências a "Senhor dos Anéis" e lançou a TOLKIEN mania nos anos 90. Graças a ele, tivemos o filme do "Senhor dos Anéis"


A DC comics, da Warner Brothers, claro que lançou a HQ de BABYLON 5


Curiosamente  JMS apresentou a idéia da série de "Babylon 5" para a Paramount, que rejeitou a idéia de um seriado baseado numa "Estação Espacial" que fica parada esperando os problemas apareceram.

Depois de rejeitar a idéia, a Paramount lançou um seriado baseado numa estação espacial "Deep Space 9".


As continuações de "Babylon 5" infelizmente não foram pra frente. A série terminou bem demais e ninguém quiz saber da continuação com personagens secundários. "Crusada" e "Lendas dos Rangers" não vingaram.

Sem conseguir emplacar outra série de TV, restou ao JMS fazer quadrinhos. Ele chamou a atenção com "Midnight Nation" para a Top Cow comics, mas o grande sucesso foi o reboot dark do "Esquadrão Supremo" "Supreme Power".



Depois o JMS foi querer mexer com o Homem Aranha, tentando aplicar o formato de um "Grande Arco" de histórias no Cabeça de teia. Mas várias tentativas de reviravolta deram MUITO errado, irritando muitos fãs do Homem Aranha. 

Sob as ordens do Quesada, ele foi o "hitman" responsável por "ONE MORE DAY" que apagou o casamento do Homem Aranha. E eu me recuso a falar sobre a medonha história que ele fez da Gwency Stacy.


A mente conspiratória do JMS funcionou melhor com o THOR, fazendo o LOKI fazer planos detestáveis. O Loki versão mulher é profundamente irritante, ao somente usar a "verdade" ao invés da "mentira".


Mas um dos melhores momentos do arco do Thor do JMS foi a bronca que o Thor deu no Tony Stark, pós Guerra Civil.

O Homem de Ferro não durou dez segundos numa luta "pega pra capar" com o Thor.

O Tony Stark, durante a Guerra Civil clonou o Thor e fez ele atacar o grupo do Capitão América, matando o Golias. Isso não se faz com o DNA dos amigos.


O Joseph Michael Straczynski também escreveu o primeiro filme do Thor.

Por isso ele tinha um clima de "Babylon 5", como as referências ao escritor de ficção científica Arthur Clarke, referências ao telescópio Hubble, às pontes Einstein-Rosen e demais referências à mitologia.  São detalhes que fizeram a diferença, principalmente a belíssima cena final na qual as nebulosas se espalham formando os braços da Yggdrasil.  :)


 

Mas se você assistiu "Capitão América: Guerra Civil" você vai reconhecer esse diálogo da Peggy Carter, escrito pelo JMS.

"Quando o povo, a imprensa ou o mundo inteiro disser para que você saia de onde está,  o seu dever é se plantar como uma árvore á beira do rio da verdade e dizer para o mundo inteiro: Não. Saiam vocês.”.


2 comentários:

  1. Ouso dizer que JMS escreveu a melhor fase que Amazing Spiderman já teve, tire isso de Um dia a Mais (imposição editorial) e o lance controverso da Gwen, e temos um dos melhores usos do Aranha tradicional. As outras obras citadas, nem se fala, ainda mais Poder Supremo, que foi o melhor quadrinho que li no ano passado, empatando com Miracleman de Moore.

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    1. bem dito, Ozymandias. Realmente "Poder Supremo" merece ser revisto. Eu tenho as edições avulsas, esse é um encadernado que não vi em parte alguma, mas que eu gostaria de ter pra reler tudo de uma vez. Gostei das homenagens/críticas ao Superman. Aquele "Falcão Noturno" também tem histórias ótimas ao lidar com temas mais reais e tristes.

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